Tempo de leitura: 2 minutos
Assim que a Vila de Santo Antônio foi elevada a Município do Estado do Mato Grosso, em 1912, as obras da Capela de Santo Antônio de Pádua ainda não haviam sido concluídas.
A Capela foi edificada no alto de um pequeno morro, sendo a primeira capela construída em geográfica que hoje pertence ao Estado de Rondônia. Sob o ponto de vista arquitetônico o nome da Capela monástica é dado a pequenas igrejas que não possuem pias batismais.
Inaugurada em 1913, após 4 anos do início da sua construção, possuía altar assentado sobre um grande estrado de cedro e os esteios de madeira marmorizada formavam simples e elegantes colunas. O corpo era ladrilhado, havendo, inclusive ao lado, uma pequena sacristia.
Em 1907 dada a preferência para o início da construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, no barranco denominado Porto Velho, Santo Antônio entrou em decadência, seus moradores transferiram-se para Porto Velho, abandonando os prédios, inclusive a Capela.
Com a erradicação da E. F. madeira-Mamoré, em 1972, os prédios que resistiram ao desgaste provocado pela natureza foram demolidos, restando apenas um casarão e a Capela de Santo Antônio de Pádua.
A Igreja sofreu um incêndio no terceiro quarto do século XX, foi reformada algum tempo depois, após uma visita ao local pelo D. João Batista Costa, Padre Chiquinho e o Padre Claudionor Batista. Eles fizeram um reconhecimento do ambiente até o marco divisório dos Estados do Amazonas e Mato Grosso e pesquisaram nos arquivos da Diocese de Porto Velho o acervo fotográfico para iniciar uma campanha pela restauração da antiga Capela.
|
D. João Batista Costa |
Foi o 5° Batalhão de Engenharia e Construção que abraçou a causa e forneceu mão de obra e material para a construção. O principal responsável pelo apoio foi o 2° comandante do 5° BEC, chamado na época de um papa hóstia de carteirinha da Catedral Sagrado Coração de Jesus.
No passado, graças ao trabalho da grande Historiadora Yêda Pinheiro Borzacov, a Capela foi tombada como patrimônio histórico do Estado de Rondônia, no dia 21 de novembro de 1985 pela Lei Estadual n° 71. O tombamento está descrito pelo número 3.125 de 3 de dezembro de 1986.
Aleks Palitot
Historiador reconhecido pelo MEC pela portaria n° 387/87
Diploma n° 483/2007, Livro 001, Folha 098