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A navegação a vapor no Rio Amazonas antecedeu o ciclo da borracha. Ante o crescente interesse dos países imperialistas (Estados Unidos, Inglaterra e França) sobre a Amazônia, o que poderia ameaçar a soberania brasileira, o governo imperial tratou de dinamizar a ocupação do Norte. Nesse sentido, resolveu integrar a região ao país através de sua incorporação ao surto de expansão dos transportes e comunicações que se operava o Sul do país. O navio a vapor foi, então, introduzido na região; entretanto, como o governo não dispunha de recursos para o investimento, concedeu à iniciativa privada o monopólio para explorar a navegação a vapor da região.
Navio a Vapor no Rio Madeira em Porto Velho |
O convite foi feito a Irineu Evangelista de Sousa – Barão de Mauá – a quem foi concedido o monopólio, através da Lei 1.037, da navegação do Rio Amazonas à empresa nacional Companhia de Navegação e Transportes do Amazonas, que iniciou suas atividades operando com três navios em 1852 e, em apenas quatro anos, a receita da companhia triplicou e a frota foi ampliada para dez navios.
Irineu Evangelista – Barão de Mauá |
Com o aumento da demanda da borracha, a lei foi anulada e o monopólio da Companhia de Mauá foi quebrado, sobretudo com a abertura do Rio Amazonas à navegação estrangeira, em dezembro de 1866, permitindo-se a introdução de outras companhias de navegação, tais como: a Companhia Fluvial Paraense e a Companhia Fluvial do Alto Amazonas, além de outras frotas particulares.
Com isso, a navegação a vapor expandiu a rede de transportes e de comunicações na região, permitindo uma inter-relação mais ágil entre produtores e mercados consumidores mediante transporte mais rápido dos produtores extraídos.
Aleksander Palitot
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Olá Aleks, tudo bem? Meu nome é Vitor Marcos Gregório, sou historiador da Universidade de São Paulo. Hoje pela manhã lhe enviei uma mensagem sobre a foto deste vapor presente neste post, interessantíssimo, por sinal. É que estou a alguns dias de publicar um livro sobre a navegação a vapor do rio Amazonas (chamado Uma face de Jano: a navegação a vapor do rio Amazonas e a formação do Estado nacional brasileiro, 1828-1867), pela editora Annablume, e estamos na fase de finalização da capa. E esta imagem ficaria simplesmente perfeita, por se tratar de um vapor da companhia do barão de Mauá, e por ser da época central de minha pesquisa (décadas de 1850-1860). Assim sendo, gostaria de saber se você poderia me indicar a origem desta foto, e com quem eu poderia falar sobre a possibilidade de utilizá-la na capa do livro, com os devidos créditos de pertencimento ao acervo, claro. Por favor, se puder entre em contato comigo pelo email vimagreg@gmail.com, ou pelo vitorgregorio@usp.br. Sua ajuda será de importância fundamental! Um grande abraço e tenha uma ótima noite!
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Esse é mesmo um dos navios de Mauá? Você tem alguma foto desse mesmo navio ou de outros no Amazonas?