EDUCAÇÃO: Fantasias são utilizadas como estratégia pedagógica

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Professor faz uso de recursos lúdicos no ensino de história e cativa público estudantil

 

A cada nova lição os alunos da Rede Objetivo de Porto Velho aguardam curiosos quem cruzará a porta da sala de aula, se o professor Aleks Palitot em seu tradicional uniforme ou se algum personagem histórico fará as honras. Trata-se de uma forma inusitada que o historiador encontrou para através do uso de recursos pedagógicos facilitar o aprendizado.

“Este é um formato diferenciado que achei para prender a atenção dos meus alunos, na maioria adolescentes, acostumados com o excesso de estímulos da atual era digital”, afirma Palitot. As fantasias dão um gancho para as aulas e são um recurso para estimular a criatividade. “Costumo pensar como eu gostaria de ouvir estas histórias e assim me permito torná-las mais interessantes”, garante o educador.

O sucesso das aula é inquestionável, os alunos vibram ao vê-lo vestido de faraó, navegador, oráculo, lampião, bárbaro, superman, Chapolin, Chaves, Kiko, pirata, grego, romano, Lanterna Verde, Thor ou Mexicano, alguns dos personagens presentes nas suas aulas de história.

Imaginário popular

Cada vez mais utilizado, o lúdico como recurso de aprendizagem é considerada uma estratégia metodológica prática e inovadora que possibilita uma maior satisfação na aprendizagem ao ampliar a possibilidade de compreensão e assimilação de conteúdo por parte do aluno.

Ao utilizar tal recurso o professor considera as dificuldades enfrentadas pelos alunos com deficiência na aprendizagem e passa a atuar como facilitador no processo de aquisição do conhecimento auxiliando na superação de tais dificuldades.

Nas aulas de histórias as ações são fundamentais para promover a aprendizagem de forma diversificada e contextualizada. “As atividades planejadas como passeios, caminhadas e aulas abertas permitem refletir sobre as mudanças necessárias para o bom desempenho do aluno ao passo que este passa a visualizar os acontecimentos históricos”, afirma Palitot.

No entanto, para que esta estratégia tenha êxito, o professor deve focar os objetivos propostos no plano de aula. “É necessário que se defina o momento e a forma de brincar na sala de aula. As atividades lúdicas devem se integrar ao planejamento e à rotina da classe, de forma a contemplar situações em que envolva o aluno e toda a turma, atendendo suas necessidades”, esclarece.

Ex-aluna da rede Objetivo, Barbara Alves, teve aula com Aleks Palitot em 2014, 2015 e 2016, quando concluiu o ensino médio. Ela conta que o professor sempre buscou inovar para facilitar a aprendizagem. “Ele sempre trazia trechos de filmes, as vezes antigos e as vezes atuais que faziam com que gravássemos o conteúdo de uma forma diferente”, conta Barbara.

Sobre o uso de fantasias ela conta que sempre achou muito boa a ideia. “Antes ele ia apenas no trote do terceiro ano pra se envolver com o pessoal foi quando surgiu o História em Ação, expandindo para as outras séries também. É uma ótima forma de descontrair principalmente para quem estuda no ensino integral e para prender a atenção do aluno no assunto, além de unir o útil ao agradável, as informações com o Aleks fantasiado”, conta Barbara.

Eficácia

Célio Leandro, professor de história, entende que o uso de fantasias como ferramenta didática é muito importante, pois facilita a assimilação por parte dos alunos. “O conteúdo em interação com o personagem torna a aula muito mais atrativa, mas não é o único método. Costumo complementar as aulas com documentários, pesquisas praticas em bibliotecas e laboratórios de informática”, conta.

É comprovado que a aplicação do ensino lúdico dinamiza a aprendizagem, desenvolve senso crítico, auxilia na fixação de conteúdo, a autonomia e a argumentação. A sua aplicação nas aulas visa uma aprendizagem eficaz.

Durante as dinâmicas os alunos encaram a aprendizagem com alegria em sala de aula e satisfação, tomam decisões, refletem, analisam, consideram possibilidades, verbalizam hipóteses e constroem o conhecimento.

O resultado desse aprendizado pode ser medido no curto prazo, de modo que os alunos manifestem prazer nas atividades propostas, segurança nas respostas dos questionamentos defendendo suas ideias sem medo de errar.

 

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