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Uma situação que vem se arrastando há alguns meses, mas que na última quinzena tem se tornado precária, a falta de médicos nas unidades de saúde do município vem causando transtorno para a direção das unidades, funcionários e principalmente para a população. De acordo com informações o quadro foi agravado com pedidos de demissões de médicos e solicitações de férias.
No dia 08 de novembro, sexta-feira passada, o Professor Aleks Palitot recebeu uma ligação informando o caos que havia se instalado na Unidade de Pronto Atendimento da Zona Sul. Eram por volta das 18hs30 quando o vereador, acompanhado de um assessor se dirigiu ao local.
Ao chegar, constatou a superlotação da UPA Sul e logo ao entrar foi abordado por uma mãe, que em desespero, cobrava atendimento de seu filho. A senhora aos prantos interpelava o vereador. Com mais de cem pessoas aguardando atendimento, alguns com classificações vermelhas, outros que ainda nem passado por triagem se revoltavam com a demora.
“Foi uma situação difícil ver tantas pessoas necessitando de atendimento e poder fazer tão pouco. No caso da UPA Sul, além da falha na escala de plantonista não havia um aparelho de ultrassom para diagnóstico”, explica Palitot, que ressalta já haver encaminhado pedidos de providencia para a Semusa cobrando o concerto do aparelho.
Na manhã desta quinta feira (14), uma nova ligação informava de outra superlotação, so que desta vez na Policlínica Ana Adelaide. Localizada na zona norte da capital, a unidade já atua como Pronto Atendimento há algum tempo, mas que por questões burocráticas ainda não possui o título legal, inviabilizando até o recebimento de recursos.
De acordo com a diretora da Unidade, Socorro Divanir, devido à falta de médicos nas UPAS Sul e Leste, temos uma sobrecarga do sistema que vem superlotar a nossa unidade que quando criada possuía uma programação de 100 atendimentos/dia. Normalmente atendemos em média 200 pacientes, com o encaminhamento de todo esse pessoal chegamos até a registrar um pico de 500 entradas”, relata a gestora.
“Infelizmente não há condições para atender a todos os casos, que muitas das vezes pode ser resolvido em uma simples consulta no postinho da área de domicilio do paciente. Que muitas vezes vem das regiões periféricas da cidade com algum tipo de incomodo ou dor, mas por saber que aqui tem médico e é classificado com pulseira verde ou baixa prioridade”, explica.
Morador de São Carlos, o cobrador de ônibus Elandes Acácio Ribeiro, de 35 anos conta que na sua comunidade, localizada a cerca de 120 quilômetros da capital, há um posto de saúde para atender todo o distrito que possui pouco menos de 2.000 Habitantes.
“Lá estamos sem médicos, tinha uma cubana que atendia de terça a sexta, mas falaram que ela tinha entrado de férias. A enfermeira que estava lá me atendeu e fez o encaminhamento pra cá pro Ana Adelaide, cheguei com papel na mão pra ser já atendido, isso por volta das 09 horas e já são quase 11 horas da manhã e ainda estou aqui aguardando porque a demanda está alta e não tem médico suficiente”, desabafa Elandes.
Para o Professor Aleks Palitot “a solução mais plausível é a realização de um certame emergencial para a contratação de mais médicos, buscando suprir a falta de profissionais nas unidades. Os gestores tem feito muito, tentando manter o equilíbrio nas unidades, mas o que é necessário mesmo são estas contratações”, afirma o edil.