Câmara homenageia ativista da cultura afro

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Voto de louvor foi entregue a personalidades e militantes que atuam na propagação da consciência negra

De autoria do Professor Aleks Palitot, a Câmara Municipal realizou na manhã desta terça-feira (19), a Sessão Especial com entrega de Voto de Louvor a 36 personalidades ativistas que atuam em prol da Cultura Afro Brasileira e da Consciência Negra em Porto Velho.

Celebrado neste dia 20 de novembro, o Dia Nacional da Consciência Negra rememora a morte de Zumbi dos Palmares, um ícone da resistência negra na luta contra a escravidão, morto em 1.695 ao defender o Quilombo dos Palmares.

Durante a abertura da Sessão Solene, o Professor Aleks Palitot afirmou que é necessário lembrar dos quatro milhões de africanos, que vieram não apenas construir os alicerces do país, mas sedimentar a alma desta nação, parafraseando o sociólogo Gilberto Freire, em seu livro Casa Grande & Senzala.

“Que possamos resistir o quanto for necessário nesse cenário atual em que se põe a culpa nas minorias para justificar as falhas de lideranças passadas. A batalha é árdua e temos que ser fervorosos para combater o racismo estrutural impregnado na sociedade”, afirmou o edil.

Para a Gisele Bleggi, Procuradora do Ministério Público Federal no Estado de Rondônia, de tão repetidos estes comportamentos, passam a serem vistos como natural, e não são. Perceber estas falhas e começar o processo de mudança para que se possa extirpar esta chaga da sociedade que tem nele, a origem do discurso de ódio é urgente.

“É impossível falar em comemoração neste 20 de novembro. As minorias são vítimas de preconceitos e matanças e mais do que proteger é necessário ampliar e estender o manto do acolhimento e a Câmara Municipal de Porto Velho está de parabéns ao dar destaque há quem merece”, ressaltou o Professor Marcos Teixeira.

O Presidente do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial, Antônio Neto ressaltou que este deve ser um momento de embate e discussão para trazer a todos a consciência onde o Poder Público não chega, principalmente nas periferias.