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Segundo especialistas a castração é uma importante ferramenta que aliada a educação da população quanto a guarda responsável fará grande diferença
Na tarde deste sábado (16), o Professor Aleks Palitot participou da Cãominhada promovida pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema), no Parque da Cidade. O evento encerrou a programação do SEMEIA 2018 realizada de 05 à 16 de junho que teve como tema a Educação Ambiental e os Desafios Para Coleta Seletiva e Reciclagem.
Cerca de 15 painéis foram produzidos durante a semana incluindo o Seminário de Proteção e Bem Estar Animal realizado na quinta-feira (14) no auditória da Infraero e que teve como palestrantes Vivien Midori Morikawa, de Curitiba e José Fernando Ibanez, de São Paulo.
Defensor da causa animal e com agenda positiva para a causa, o Professor Aleks Palitot também se fez presente ao seminário. “Logo ao assumirmos na Câmara Municipal realizamos uma audiência pública com as ong’s e sociedade civil trazendo a pauta do bem estar e proteção animal para discussão. Paralelo a este trabalho, provocamos órgãos responsáveis e lançamos a semente em um solo fértil que vem gerando bons frutos”, afirmou o defensor da causa Aleks Palitot.
Coordenadora do setor de Bem-Estar e Proteção Animal, a Dra. Patrícia Hurtado lembra que “o bem estar e proteção animal ainda são pautas recentes em nossa cultura. Aproveitando a semana de meio ambiente incluímos esses eventos na agenda e um dos nossos veterinários sugeriu os nomes dos palestrantes”, conta a coordenadora.
Segundo Dra. Patrícia, os dois palestrantes representam centros de referência e trouxeram importantes informações sobre a implantação de abrigos e hospital público veterinário. “Para nós é importante está agenda, já que pretendemos dar abrigo aos animais de rua, além do projeto de castração, algo que será realizado com certa urgência pela atual gestão municipal” afirma a coordenadora.
O projeto prevê ainda a parceria com ong’s oportunizando a doação de ração e de produtos de limpeza, mas o mais importante ainda é o trabalho que modifica a atual cultura da população. Para isso serão realizadas campanhas voltadas para a adoção responsável e palestras mensais realizadas nas escolas públicas trabalhando a educação ambiental para evitar os maus tratos aos animais.
Neste grande projeto serão seis secretárias envolvidas, Sema, Semed, Sesau, Semusb, Semtran e Semasf.
Troca de experiências
“Em 2009 foi criada a rede de proteção animal em Curitiba e de lá pra cá tivemos muitos acertos e alguns erros no caso do Paraná, os quais trouxe para exemplificar para os gestores de Porto Velho”, explica Vivem Midori.
De acordo com a especialista, a estimativa é de que em Curitiba haja 450 mil cães para uma população de cerca de 1,8 milhões de pessoas. O primeiro passo nesse processo foi a implantação de uma política pública de proteção que garanta a continuidade do trabalho independente da gestão. O que segundo Vivien, é positivo no caso de Porto Velho que já está com este processo em andamento através do Professor Aleks Palitot.
“É imprescindível sensibilizar os parceiros como as secretarias, órgãos públicos, ongs e sociedade, algo que não é muito fácil, mas de grande importância já que cada um tem sua responsabilidade e papel neste processo”, ressalta Vivien. “É uma longa caminhada que necessita do primeiro passo e que acredito que o maior êxito será mensurado através da forma como a população tratará no futuro os animais”, afirma.
Hospital veterinário
Com o tema, atendimento gratuito veterinário, o Professor José Fernando trouxe a experiência do trabalho desenvolvido na capital paulista desde 2012. De acordo com o professor atualmente são realizados em média 650 atendimentos/dia pelo hospital veterinário. Que custeia as dividas através de aporte financeiro da prefeitura, doações de pessoas físicas e de empresas.
A maior constatação que o palestrante trouxe é de que “os cachorros de rua, não vem das ruas. É necessário educar a população para que não joguem os animais nas ruas”, conta o especialista. “É preciso trabalhar as pessoas, o bicho faz parte da família, mas a família não está preparada para ter o bicho de estimação. É uma questão muito mais humana que animal”, alerta o palestrante.
“O indivíduo compra um cachorro porque acha que tem um quintal grande e o cachorro fica lá e está tudo bem. Não se atentam para as demais necessidades do animal”, descreve José Fernando.
Para o pesquisador, a educação formal voltada para as crianças, a educação informal para os adultos através de campanhas, o acesso a castração, a prevenção de doenças e o atendimento gratuito para pessoas de baixa renda são os pilares que modificam a cultura acerca do bem estar e proteção animal.
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