EFMM: Solenidade marca aniversário de inauguração

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“Desbravadores construíram esse sonho e cabe a nós, como cidadãos, reconstruí-lo e perpetuá-lo na história”, afirma Palitot

Uma solenidade que contou com a presença do vereador Professor Aleks Palitot e várias autoridades foi realizada no fim da tarde de terça-feira (01), na Estrada de Ferro Madeira Mamoré, em homenagem aos 105 anos de sua inauguração. Durante discurso Palitot ressaltou a importância de se preservar e valorizar o símbolo maior de nossa capital, o trabalho conjunto dos poderes e organizações civis para a revitalização de nosso patrimônio.

“Sou de uma geração em que as praças eram possíveis de serem utilizadas e a população cuidava destas praças. Estive semana passada no Baixo Madeira visitando os distritos e vi tanta identidade ali preservada, tantos valores resistindo e me questionei por que aqui, Porto Velho, que sempre teve um ar provinciano também não procura resisitir”, questionou o vereador durante seu discurso.

“Quer defender sua liberdade, defenda primeiro a sua identidade, porque povo sem história não é povo, é bando e como diz o hino do Estado de Rondônia nós somos destemidos pioneiros”, afirmou Palitot.

105 anos

Uma obra que atraiu para estas paragens trabalhadores de mais de 50 países com a proposta de construção de 366 quilômetros de trilhos e que de 1907 data de início das obras, há 1931, ano de sua conclusão ceifou vidas aos milhares.

A capital, Porto Velho foi oficializada em 02 de outubro de 1914, mas foi criada por volta de 1907 durante a construção da Estrada de Ferro. Um grande desafio à época encarada por desbravadores que em plena floresta se incumbiram de inserir em meio a maior bacia hidrográfica do mundo a estrada de ferro da Maria Fumaça.

Localizada na margem direita do Rio Madeira, o maior afluente do Rio Amazonas, um lugar onde hoje os rios ainda governam a vida dos homens conforme canta o músico e poeta regional Bado em homenagem a EFMM.

História

“Imaginar todo este espaço tomado por uma imensidão de verde, por índios Karipunas, Karitianas, Kassupás e Parintintis do outro lado do Rio Madeira, além de seringueiros bolivianos e quilombolas. Imaginar a essência para quando então no dia primeiro de agosto de 1912, nós ouvimos o primeiro apito do trem tocar”, narra Palitot.

A máquina 12, a Coronel Church, a Beduin, esta última símbolo de resistência, que hoje se encontra no galpão 01 da EFMM, chegou em 1878 à Porto Velho vinda dos Estados Unidos, uma distância de 5.500 quilômetros através do oceano e que durante a cheia de 2014 ficou submersa, pois não a afastaram nem 500 metros para preservá-la.

“Esta talvez seja a grande lição, se no passado a história nos ensina, se o passado é a dimensão viva do presente, nós somos a dimensão viva do futuro e como ter futuro sem ter passado? Como aquela árvore que perde as folhas em período de estiagem, mas quando chega a chuva ela novamente recupera a sua essência, pois resiste mesmo sem suas folhas porque tem raiz”, relembra o professor.

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